Caminhando com fé
Vamos conferir!
Funcionalismo, Sociologia de Durkheim e Marxismo: três formas de olhar a sociedade
Ao estudar sociologia, nos deparamos com diferentes maneiras de entender a sociedade e o papel do ser humano dentro dela. Três das mais influentes são: o Funcionalismo, a Sociologia de Émile Durkheim e o Marxismo. Cada uma dessas correntes oferece lentes diferentes para analisar a vida em grupo, os conflitos, as instituições e as transformações sociais. Neste post, vamos entender o que cada uma propõe e por que elas são tão importantes.
📚 1. Funcionalismo: a sociedade como um organismo
O Funcionalismo é uma corrente sociológica que vê a sociedade como um sistema composto por partes interdependentes, funcionando em harmonia para manter a estabilidade. Assim como o corpo humano tem órgãos que cumprem funções específicas, a sociedade possui instituições (como a família, a escola, a religião) que desempenham papéis essenciais para seu equilíbrio.
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Cada parte da sociedade contribui para o funcionamento do todo.
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Problemas sociais são vistos como “desajustes” que precisam ser corrigidos para restaurar a ordem.
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O funcionalismo valoriza a coesão social, a ordem e a integração.
Exemplo: a religião, nessa visão, tem a função de unir os indivíduos em torno de valores comuns.
🧠 2. Sociologia de Émile Durkheim: a força dos fatos sociais
Émile Durkheim (1858–1917) é um dos fundadores da sociologia moderna e grande representante do funcionalismo. Para ele, o objeto de estudo da sociologia são os fatos sociais — maneiras coletivas de agir, pensar e sentir que exercem poder sobre os indivíduos.
Durkheim acreditava que:
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A sociedade existe acima dos indivíduos, moldando comportamentos e crenças.
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A religião, por exemplo, é um fato social que fortalece a coesão do grupo.
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O estudo da sociedade deve ser feito com o mesmo rigor das ciências naturais, por meio de observação e análise.
Sua famosa obra O Suicídio mostra que até mesmo decisões pessoais são influenciadas por fatores sociais.
🛠️ 3. Marxismo: o conflito como motor da história
O Marxismo, desenvolvido por Karl Marx (1818–1883), oferece uma visão crítica da sociedade baseada no conflito entre classes sociais. Ao contrário do funcionalismo, que valoriza a ordem, o marxismo entende que a sociedade está marcada por desigualdades estruturais e que a mudança social vem da luta dos oprimidos por justiça.
Marx acreditava que:
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A história da humanidade é uma história de lutas entre opressores e oprimidos.
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A classe dominante (burguesia) controla os meios de produção e explora a classe trabalhadora (proletariado).
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A religião pode funcionar como um “ópio do povo”, ao consolar o sofrimento sem transformá-lo — mas também pode ser instrumento de resistência, dependendo do contexto.
O marxismo não busca manter a ordem, mas transformar a sociedade em direção à igualdade e à libertação.
✝️ Por que tudo isso importa para quem estuda teologia?
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Essas correntes ajudam a entender como as religiões atuam na sociedade — como instrumento de coesão (Durkheim), de dominação (Marx) ou de transformação.
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Elas ampliam a percepção sobre pobreza, injustiça social, poder e ética, temas centrais também no Evangelho.
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Despertam um olhar mais crítico e empático diante das realidades sociais com as quais a igreja se depara diariamente.
✅ Em resumo:
Corrente | Enfoque Principal | Visão sobre a Religião |
---|---|---|
Funcionalismo | Ordem e estabilidade social | Une e dá sentido à coletividade |
Durkheim | Fatos sociais e coesão | Fortalece os laços sociais |
Marxismo | Conflito e transformação | Pode alienar ou libertar, dependendo do uso |
Estudar essas correntes é abrir os olhos para diferentes formas de interpretar a sociedade. Para quem busca viver e anunciar uma fé comprometida com a justiça, o conhecimento sociológico não é apenas útil — é necessário.
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E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Gênesis 1:26
Beijos no coração e caminhe com muita fé!
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